os manos

O Gugas já integrou há muito o Diogo na família. Há um boneco da Lego que é o Diogo, o Diogo já tem lugar no carro e à mesa, o Diogo entra em todas as conversas e brincadeiras. E, claro, o irmão mais velho está plenamente convencido que vai ser ele a dar banho, mudar as fraldas, passear ao cólo o mais novo - e foi difícil explicar-lhe que maminha só eu mesma é que posso dar. Isto é muito enternecedor (e um bocadinho arrepiante, porque nunca se sabe o que pode acontecer entretanto) mas pergunto-me como será a reacção ao "boneco" verdadeiro.
Não me lembro de alguma vez ter sentido ciúmes do meu irmão (mas a minha mãe diz que tive). Aliás, o nascimento do meu irmão foi a maior alegria da minha vida até ter o Gugas. Mas sei que é normal eles ressentirem-se da nova partilha de atenção. O que sei é que sempre acreditei que o amor não se divide, multiplica-se. E tenho a certezinha absoluta que o Diogo vai ser doido pelo mano. Podem vir a ser muito diferentes, podem andar à batatada quando quiserem o mesmo brinquedo em simultâneo, mas sei simplesmente que vão ser os melhores amigos. Não sei porquê, mas sei que será assim.